quinta-feira, 28 de junho de 2012

Com que roupa que eu vou?

Provavelmente você, leitor e leitora, estão achando que esse post é mais um sobre estilo, dicas de moda e tendências, não é? Acertei? (risos). Não deixa de ser um post sobre “estilo”, mas...é de outro tipo de “roupagem” que vamos falar hoje.



“Em um de seus grandes sucessos, “Com que roupa?” (1929), Noel Rosa cantava um estribilho divertido:  “Com que roupa que eu vou/ Pro samba que você me convidou?” O boêmio sem dinheiro, com seu único terno estropiado sofria por não se apresentar elegantemente aos amigos. Mais do que uma referência ao vestuário, esta música remete, metaforicamente, aos recursos de linguagem. E a própria letra, pelas suas palavras e construções de extração popular, indica um estado de pobreza, totalmente vinculado ao sujeito.”  A pergunta indireta que o poeta faz no estribilho é: “em qual versão da língua portuguesa devo me expressar?”


"O samba teve na história da naturalização de nossa língua um papel central, fortalecendo a ideia de que os instrumentos de expressão valem na medida em que remetem a certas identidades. Este deslocamento reforça a crença em uma língua portuguesa que não precisa ser vestida ou embrulhada para presente, para fazer-se artística. A grande maioria dos sambas coloca em circulação e com grande graça poética, um universo linguístico que não se envergonha de suas origens."


Ainda lembro das minhas aulas de Linguística e Língua Latina quando ainda estava na faculdade e certa vez uma professora falou exatamente sobre isso; o uso da nossa língua, e compartilhou com a turma um episódio em que um amigo utilizava de uma linguagem arcaica para se expressar, a grande maioria já caíra em desuso. Ao ver uma piscina pequena, ele disparou: “Nossa, que piscina diminuta!!!” Todos riram, não por estar errado o uso do adjetivo, mas pela disposição indevida, já que era uma conversa informal e os dois eram amigos. Isso é o que chamamos de pedantismo. Era realmente necessário o emprego dessa palavra? Considerando que para uma expressão  compor o dicionário, ela precisa ter frequência e constância, i.e, ela deve ser falada por uma quantidade considerável de pessoas  e deve ser usada por um longo tempo, deve ter vida longa; assim foi com o adjetivo “legal” que a princípio referia-se somente a “legalidade” “conforme a lei”, mas foi com a Jovem Guarda que o termo ganhou mais uma conotação; “legal” hoje indica “legalidade” e “positividade” e o novo sentido chegou e ficou.  Certamente, você já se deparou com algum “diminuto” pelo caminho!(risos), Aquelas pessoas queridas, mas que adoram um pedantismo a parte, e cá entre nós, é muito divertido ouvi-los, pois mesmo compreendendo seu discurso, o emprego se torna desnecessário. Não foi a toa que Noel (Rosa) fez alusão “roupa=linguagem” em sua famosa canção, os  “Chiques” de plantão dizem que ser chique mesmo não é falar bonito, muito menos difícil, ser chique é fazer-se compreender num diálogo! E eu concordo plenamente!


 "A literatura assim entendida é bem mais do que literatura, é uma forma de se aproximar de grupos sociais periféricos, dando a eles uma cidadania literária que historicamente lhes foi negada. Ninguém, a não ser num estado de loucura, se manifesta cotidianamente numa linguagem erudita, primando pela raridade dos termos. No dia a dia, a nossa língua assume este tom doméstico, condizente com as pequenas coisas que fazemos. É esta linguagem que não excluindo classes sociais, cria um domínio literário moderno e democrático. O escritor vai sempre ao samba com esta pele de palavras que se colou ao seu corpo. Usar outras é vestir-se, apagando-se.”

E você, caro leitor e leitora, com que roupa você vai? (risos)



Beijos!!

Até a próxima!




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Bem-casados!

 Tenho uma amiga que diz que a gente só se dá conta de que está ficando velho quando começa a receber convites do casamento de nossos amigos (risos). Tem razão. Quando se trata de amigos de infância, então, opa, nem se fala! Aí que a gente vê o quanto a infância se distancia cada vez mais, dando espaço para a idade adulta. Amo enlaces matrimoniais! Mas se tem uma coisa que eu aprecio nessas comemorações é o bem-casado, não sei se vocês conhecem, mas é  um bolinho feito à massa de pão de ló, onde as duas partes são unidas por um único recheio, que geralmente é o doce de leite. Confesso a vocês que tenho me tornado uma degustadora profissional no ramo! (risos).Os supersticiosos dizem que se deve comê-los fazendo um pedido...Bom, o meu é que eu coma mais um, dois, três...(risos.) Lembro-me do casamento de uma prima que infelizmente na última hora não pude comparecer, mas no outro dia estava ele lá, “o bem-casado” que minha tia havia mandado lá pra casa. Um doce tão simbólico, que muita gente nem conhece, um símbolo conotativo da alegria e da doçura de se casar. Uau, que experiência! Duas pessoas, assim como o bem-casado, unidas pelo recheio do amor!  Bem-casados, a união pelo amor; esse é o desejo dos noivos, das famílias e dos convidados, bem-casados para sempre. Portanto, se você já está com o seu casamento marcado, pode mandar lá pra casa o seu bem-casado! (risos)


Grata!


Até mais...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Doce 2012!

Já se foram trinta dias, tantas coisas para fazer, organizar, pessoas e mais pessoas, trabalho e mais trabalhos, telefone toca aqui, atende ali...Ufa!!!! 2012 chegou...O ano mal começou e já está um agito total. Certa vez ouvi dizer que “um novo ano é a página intocada e virgem no seu livro do tempo”. Feliz essa conotação, é como se todos nós tivéssemos, mas na verdade temos individualmente, um livro do tempo, um livro chamado vida onde Deus é o dono, e nós os co-autores, ora escrevemos muito, ora não escrevemos nada, ora colocamos vírgulas, interrogações, exclamações, pontos finais,ora apagamos e escrevemos novamente, ora viramos a página. Mas é do virar a página que eu quero falar hoje...virar a página pode ser tão difícil quanto parar de beber, parar de fumar,  virar vegetariano, sei lá...mas às vezes pode ser mais fácil do que imaginávamos e pode ser melhor do que pensávamos. É sempre difícil abandonar os hábitos, manias, ou até mesmo coisas abstratas e concretas, é difícil, eu sei disso. Eu sempre costumo brincar dizendo que a única perda boa, é a perda de peso, mas ultimamente perder peso pra mim não é uma boa, é uma perda muito significativa, já que estou na academia e ao contrário de alguns não posso perder  1 grama sequer, preciso ganhar peso e massa muscular...Viu como algumas coisas em nossas vidas dependem muito do nosso ponto de vista e de qual posição nos encontramos? Uns precisam ganhar peso, outros perder, uns precisam trabalhar mais, outros menos, estudar menos, outros mais, viajar mais, outros menos... Lembrei-me de Epitáfio, dos Paralamas, “devia ter arriscado mais...”.  É a velha história do copo d’água que pode estar meio cheio ou meio vazio, vai depender apenas do seu ponto de vista! Saia um pouco da frente e tente enxergar pelos lados, por cima, por baixo, se até objetos mudam, por que isso não iria acontecer com você? Mudar para melhor, sempre, e isso nada tem a ver com ignorar o fatos, nem coisas, nem pessoas, mudar é de dentro pra fora, é tão natural quanto respirar, você precisa e tem que fazer isso! Vamos lá, 2012 está aí, livre, leve e solto, novinho em folha. Provavelmente, você já ouviu o bordão “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”. Pois, então repita comigo “o que aconteceu em 2011, ficou em 2011”. Novamente!! Anda, menina, vira essa página! E que seja doce... que seja bom o que vier para você!
Beijinhos
Até breve...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fé é fé

Todo leitor que se preze tem uma “penca” de livros em casa  na fila esperando para serem devorados. Eu tenho uns quatro! Livro é como alimento; tem dias que a gente precisa de uma comida mais light, mas tem dia que a gente precisa mesmo é de uma comida que nos dê sustância.... livro tem muito a ver com a nossa necessidade diária, com o nosso humor, na verdade. Assim como o nosso corpo, o nosso espírito também precisa de alimentos e cá entre nós, tem dia que acordamos famintos e sedentos. Ontem acordei assim, como muita fome espiritual,  decidi visitar minha antiga igreja, não só matei a fome como matei a saudade dos meus queridos irmãos que tanto fizeram parte da minha infância. Nossa... foi um grande banquete...sai de lá renovada e bem nutrida! Mais tarde, olhando a lista de espera dos meus livros vi “Melhor do que comprar sapatos” e sem sombra de dúvidas, esse foi o escolhido da vez. Ganhei esse livro de uma grande amiga, que talvez nem saiba o quão esse livro é rico em essência, mas assim que terminar a leitura vou emprestá-la. Bom, há um tempo, como de praxe,  já tinha iniciado a leitura deste, mas deixara de lado por conta dos outros que comecei a ler (risos).  A princípio este parece ser um livro fútil , daqueles de auto-ajuda que a gente está demasiadamente cansado de ver por aí, lotando as prateleiras das livrarias e afins. Mas engana-se quem pensa isso, aliás, auto-ajuda não faz mesmo o meu gênero. Eu tenho um interesse bem peculiar para comprar livros, amo a estética, as capas e os títulos, assim foi com “A menina que roubava livros”, “Assim morreu Tancredo”, “Quando Nietzsche chorou” entre outros. Há um marketing muito instigante nesses títulos, porque a gente fica a se perguntar “O que levou Nietzsche a chorar?” “Como foi que Tancredo morreu?” uma morte que cá entre nós até hoje é intrigante.  E com “Melhor do que comprar sapatos” não foi diferente, quando ganhei logo pensei: O que poderá ser melhor do que comprar sapatos? Toda mulher ama sapatos! E mais uma vez estava lá, a minha curiosidade aguçada. Este livro traz uma forte bagagem a respeito das mulheres espirituais, da importância do sexo feminino na vida cristã, tudo de forma bem lúdica e elucidativa. Vejam esse trecho que fala sobre fé.

"Durante toda a nossa vida, apesar de todas as coisas boas que Deus tem nos dado, frequentemente ficamos desapontados, repreendidos, humilhados, desprezados usados e criticados. Ainda assim, nada nos faz olhar para trás quando escolhemos viver pela fé. A fé não trabalha dentro de um limite de tempo. Fé é certeza. Fé é fé.”
Ora, sem fé é impossível agradar a Deus. (Hebreus 11.6)



Até a próxima.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tudo partiu de um post.

“O chá de realidade tem muitos benefícios; Não importa se vc está no início, no meio ou no final da xícara...o importante é ingerí-lo! Foram essas as minhas palavras numa terça-feira, no facebook. A partir de então, um amigo me perguntou se eu tinha vontade de escrever um livro e me sugeriu: “que tal fazer um blog?” Curti a ideia! Desde sempre, gosto muito de ler e escrever, e não foi à toa que me graduei em Letras ; e como uma boa amante de livros e afins, é claro que tenho muita vontade de escrever um , um dia, e pensei:  “por que não começar a praticar pelo blog?” E aqui estou eu, com toda a minha experiência errante e totalmente amadora, tentando me expressar nestas entrelinhas. Muito bem-vinda!
 Nos vemos por aqui!